Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)

#SAAE 01 DE JANEIRO DE 2017

Após a distribuição, a água é consumida e utilizada para diversos fins. Posterior a utilização, a água tratada, de acordo com a utilização domiciliar, comercial e/ou industrial passa a ser denominada água servida e sub-classificada em água cinza e água negra. Onde águas cinzas são águas servidas que foram utilizadas para limpeza,(tanques,pias,chuveiros) e água negra: são águas servidas que foram utilizadas nos vasos sanitários e contém coliformes fecais.

(http://www.ipemabrasil.org.br/institutoweb13.htm)

A destinação final das águas servidas costuma ser: Lançamento a céu aberto, Lançamento direto em algum manancial, aguação de plantas ( água cinza ), fossas negras e na rede coletora de esgoto. Segundo a tabela de faturamento acima, é notório a ausência de um tratamento de esgoto adequado em todo o Município, pois, se existem 18055 ligações de água e somente 2014 ligações de esgoto, subtende-se, pela diferença entre os valores, que deva exisitir, pelo menos, 16000 fossas, na sua imensa maioria, supõe-se, fossas negras. As fossas negras são escavações no solo com profundidade variável onde os dejetos vão sendo lançados até atingir o limite de sua capacidade. Não existe nenhum tipo de impermeabilização em suas paredes, portanto são propícias a infiltrações, conseqüentemente, contaminação do solo e do lençol freático. Outra questão relevante quanto as fossas negras é quanto ao seu preenchimento, visto que quanto mais contribuição elas recebem, logicamente, mais rápido vão sendo preenchidas e durante o preenchimento, suas paredes porosas, devido as infiltrações, vão sendo saturadas, impermeabilizando-se. Impossibilitando, portanto, quanto menos infiltração existe, mais dejetos se mantém na fossa, colaborando com o seu preenchimento cada vez mais rápido. Fazendo com que mais fossas sejam construídas, aumentando as contaminações.

Limoeiro possui 2014 ligações de esgoto, sendo 2011 na Sede e na Cidade Alta, tendo em sua rede coletora, um total de 14952 metros de tubulações assentadas e dois sistemas de tratamento independentes: um aeróbio – Estação de Tratamento de Esgoto – ETE situada no Bairro Luís Alves de Freitas, Sede do Município, responsável por dar a destinação final adequada aos dejetos dos bairros centrais da Cidade - e outro anaeróbio – Reator Anaeróbio situado na Cidade Alta, responsável em fazer o mesmo neste bairro. Ressalta-se que ambos estão sub dimensionados. A ETE, construída na década de 80 do século passado, é dimensionada para receber somente 800 ligações. Atualmente, conforme já foi mostrado na tabela acima, ela recebe uma contribuição de aproximadamente 125% a mais do que poderia receber para se ter um tratamento eficiente para o efluente poder ser lançado ao corpo hídrico receptor com padrões de potabilidade aceitáveis.

Lagoa de Estabilização

A lagoa de estabilização faz parte da ETE. É neste local onde são depositados todos os dejetos da rede coletora de esgoto. A lagoa de estabilização, medindo 10.000m2 por 2m de profundidade, é constituída de três divisões chamadas de Lagoa Anaeróbica, Lagoa Facultativa e Lagoa de Maturação. A nova lagoa de estabilização da Sede foi construída distante dez quilômetros da cidade, em local ermo, no Sitio Canafístula, dentro das normas da SEMACE (Superintendência Estadual de Meio Ambiente). É constituída de divisórias de concreto, revestida de manta asfáltica para não poluir o subsolo e facilitar a manutenção.

Como funciona

Na fase inicial do tratamento, os dejetos provenientes da rede de esgoto vão direto para a lagoa anaeróbica, onde as bactérias específicas irão degradar os compostos orgânicos, transformando-os em outros compostos menos poluentes. A característica desse processo é que é feito sem oxigenação, daí os maus odores são inevitáveis.

Na etapa seguinte os esgotos provenientes da lagoa anaeróbica caem na lagoa facultativa. Nesta fase os compostos líquidos já estarão bem claros permitindo a penetração dos raios do sol, e com isso o aparecimento de algas que se desenvolvem naturalmente.

Na terceira e última etapa, os compostos vão para lagoa de maturação, onde é feita a desinfecção natural através da irradiação solar ultravioleta (UV). A lagoa de maturação é a parte mais rasa para permitir que os raios do sol penetrem em toda coluna d'água, permitindo assim a eliminação de bactérias e vírus potencialmente danosos à saúde. Após todo esse processo, essa água pode ser reutilizada sem perigo algum para populaçao, plantas ou animais.
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