Riscos à saúde

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#SAAE 01 DE JANEIRO DE 2016
Poluição

Poluição é a modificação de características de um ambiente de modo a torná-lo impróprio às formas de vida que ele normalmente abriga. No Brasil, 60% dos gastos com internações hospitalares são de pacientes com doenças causadas pela água poluída.

Condições Sanitárias

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% do esgoto produzido no país não recebe nenhum tipo de tratamento e é despejado em lagos, rios, mares e mananciais, segundo estudo da Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (Abema).

A estimativa é de que para cada dólar que o governo investe em saneamento básico, quatro são para internações hospitalares decorrentes de moléstias provocadas pela falta de redes de água e esgoto. A política de saneamento no Brasil ainda não atende satisfatoriamente às necessidades da população. Entre 1995 e 1997, por exemplo, 342 mil crianças brasileiras com menos de cinco anos morreram vítimas de doenças relacionadas à falta de saneamento básico. Os gastos anuais do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento dessas doenças chegam a 300 milhões de reais. Entre as doenças relacionadas à contaminação da água as que mais matam estão a leptospirose (transmitida pela urina do rato), hepatite, diarréia e cólera.

O descaso com a água é mais evidente no Brasil nas periferias das grandes cidades e em alguns estados do Norte e Nordeste. Como exemplo citamos o Estado de Pernambuco que foi responsável, em 1999, por 25.733 casos de dengue e 2.315 de cólera e que mesmo assim até hoje continuam acontecendo casos.

No caso da Dengue, é provocada pelo acúmulo de água parada, meio para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Já no da cólera é causada pelo consumo de alimentos ou bebidas que tenham tido contato com água contaminada pela bactéria Vibrium cholerae, presente nas água com coliformes fecais

Uma medida importante seria investir em programas de educação ambiental, pois a melhoria das condições sanitárias das cidades brasileiras é obrigação de todos. É preciso ensinar a população carente sobre a necessidade de ferver a água que bebe e a importância de não jogar dejetos perto dos rios, galerias pluviais e dos riachos.

No Fórum Mundial da Água, delegações do mundo inteiro procuraram soluções para cumprir os desafios estipulados pela Comissão Mundial da Água para o Século 21. As principais discussões foram: redução da escassez de água, mais investimentos em saneamento básico e garantia de água tratada para todo mundo, entre outras decisões.

Doenças Relacionadas à Poluição Atmosférica

A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas sólidas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico. Um relatório divulgado ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), baseado em estudos sobre Meio Ambiente e Saúde feitos na Áustria, na Suíça e na França revelou que a poluição emitida pelos carros nesses países mata mais gente do que os acidentes de carro. O trabalho mostrou, entre outras coisas, que a exposição prolongada à poluição nesses países causou um adicional de 21 mil mortes prematuras por problemas respiratórios ou doenças do coração em pessoas acima de 30 anos.

A relação entre a baixa qualidade do ar e as doenças respiratórias, cardiovasculares e até a saúde dos fetos é bem alta. Quando respiramos a atmosfera poluída, o pulmão não funciona bem e tem dificuldade para filtrar o ar. Dessa forma chega menos oxigênio para o coração, que terá de trabalhar mais para suprir a carência. Por isso, quem já tem um coração debilitado deve ter um cuidado maior.

Para respirar melhor, os especialistas aconselham a prática de exercícios. Um bom condicionamento físico diminui o risco de complicações causadas pela poluição porque aumenta a resistência cardíaca. O ideal é se exercitar em parques e fugir das avenidas movimentadas. Quando não for possível, evite os horários de congestionamento. Procure caminhar bem cedo ou à tardezinha.

A Escassez de Água e os Lençóis Freáticos: A Poluição Invisível

Não faltam sinais de escassez de água doce. Os níveis dos lençóis freáticos baixam constantemente, muitos lagos encolhem e pântanos secam. Na agricultura, na indústria e na vida doméstica, as necessidades de água não param de aumentar, paralelamente ao crescimento demográfico e ao aumento nos padrões de vida, que multiplicam o uso da água. Nos anos 50, por exemplo, a demanda de água por pessoa era de 400 m3 por ano, em média no planeta, ao passo que hoje essa demanda já é de 800 m3 por indivíduo. Em países cada vez mais populosos, ou com carência em recursos hídricos, já se atingiu o limite de utilização de água. Nos locais onde o nível de bombeamento (extração) das águas subterrâneas é mais intenso que sua renovação natural, se constata um rebaixamento do nível de lençóis freáticos, que, por esse motivo, exigem maiores investimentos para serem explorados e ao mesmo tempo vão se tornando mais salinos.

Segundo o geólogo Luiz Amore, consultor técnico da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente a despoluição de um lençol freático leva mais de 300 anos. Os técnicos chamam de "causas antrópicas", quando as atividades humanas é que provocam a contaminação das águas subterrâneas. "São diversas as formas de contaminação, envolvendo desde organismos patogênicos, até elementos químicos como os metais pesados (caso do mercúrio) e moléculas orgânicas e inorgânicas", diz Amore. O geólogo explica que várias fontes poluidoras já foram estudadas, e alguns casos são clássicos, "que longe de serem fenômenos isolados podem estar ocorrendo em diversas regiões do país e com intensidades diversas, infelizmente ainda pouco conhecidas".

Os principais focos de contaminação das águas subterrâneas:

Lixos e cemitérios
Postos e fossas
Agrotóxicos e fertilizantes
Rejeitos e aterros industriais
Rebaixamento do lençol freático
No caso específico de Limoeiro do Norte, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, juntamente com a de Saúde e a de Obras vem estimulando iniciativas eficientes de baixo custo que possam ser aplicadas em áreas de interesse epidemiológico no setor de saneamento e epidemiologias, com o fim de reduzir os índices de mortalidade infantil e de ocorrência de doenças transmitidas por água contaminada, entre as quais a cólera, hepatite, malária, equistossomose, diarréia, verminoses e assim melhorar o índice da qualidade de vida. Iniciativas como educação ambiental nas escolas, recolhimento de lixo e limpeza das margens dos rios Jaguaribe e Banabuiú, já estão sendo aplicadas prioritariamente no município.

(fonte: Ministério da Saúde)
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